FIM DO PSDB? 2: Legenda se decide pela dupla negação: nem Bolsonaro nem Haddad. Crise vem à tona, e polos são Alckmin e Doria, o ex-pupilo
O PSDB se reuniu nesta para definir que rumo tomaria na eleição presidencial. Decidiu pelo duplo "não" — "nem um nem outro", na fala de Gerado Alckmin, presidente da sigla e candidato derrotado do partido à Presidência. Mas os filiados podem tomar decisões por sua conta. João Dória, que disputa o segundo turno em São Paulo com Márcio França (PSB), já havia escolhido Jair Bolsonaro (PSL). Outros também haviam se antecipado. Não há notícia de tucanos migrando para Fernando Haddad (PT). Como informam todos os sites noticiosos, Doria e Alckmin trocaram farpas. O candidato ao governo cobrava mais recursos aos que vão disputar o segundo turno. Na altercação, Alckmin o chamou de "traidor". Um aliado de Dória, no Diretório Municipal em São Paulo, já havia decidido expulsar Alberto Goldman, ex-presidente do partido, e Saulo de Castro, secretário de governo do Estado e homem de confiança de Alckmin — além de outras 14 pessoas. A Executiva Nacional classificou a decisão de inócua. Orlando Morando, prefeito de São Bernardo e aliado de Dória, defendeu já no domingo que Alckmin entregasse o comando da legenda. Há um consenso: se Doria vencer a disputa pelo governo do Estado, terá o controle do partido. E o PSDB social-democrata terá chegado ao fim. Se perder, o futuro é ainda mais incerto. Mas como se chegou a isso?
Continua aqui