FIM DO PSDB? 4: Armação Janot-Fachin, com patrocínio de Cármen, fez desabar o sistema. O da corrupção? Não, caros! O da representação
A Lava Jato vinha minando aos poucos todo o sistema político, objetivo praticamente confesso em entrevistas concedidas aqui e ali por algumas de suas estrelas. Havia uma certa sede de começar o país do zero, como se isso existisse, como se isso fosse possível. A operação Joesley, arquitetada por Rodrigo Janot e Edson Fachin, sob o patrocínio moral de Cármen Lúcia, fez o edifício todo desmoronar sem haver outro onde alojar as aflições dos brasileiros. Os principais alvos foram atingidos e, com eles, o que ainda restava em pé: Aécio Neves perdeu o comando do PSDB, e Michel Temer teve de enfrentar duas tentativas de deposição. O sistema veio abaixo. Aí alguém poderia perguntar: "Qual sistema? O da corrupção?" Não! O sistema de representação. É isso que explica um Jair Bolsonaro ser não apenas o contraponto ao PT e às esquerdas. Ele entrou na disputa como contraponto também à chamada "política tradicional", representada, então, por todos os partidos. As bombas contra a política detonadas por Sérgio Moro e pelo Ministério Público Federal convenceram amplos setores no Brasil, em especial aqueles com mais acesso à informação, de que a política, também o bom exercício da política, é coisa de gente suja.
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