Não é verossímil que Miller não tenha atuado nas armações contra Aécio e Temer: ações são típicas de modus operandi de ex-procurador
Será que a gente deve mesmo acreditar que o procurador Marcelo Miller não participou das articulações que resultaram na gravação das conversas de Joesley Batista com Michel Temer e Aécio Neves? Eu não acredito. A razão é simples: o modus operandi é o mesmo empregado por Miller em outras situações, como o registro das conversas de Sérgio Machado com figurões do PMDB. É tudo rigorosamente igual, inclusive o esforço de induzir a conversa de maneira que o interlocutor diga coisas que poderão, depois, com interpretação livre, ser consideradas crimes. Armar esse tipo de situação era a especialidade de Miller na equipe de Rodrigo Janot.
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