OS MILITARES E A IGREJA 5: Documento sobre o sofrimento na Amazônia antecede o governo Bolsonaro; a crispação é contraproducente
Dom Leonardo Steiner (foto), secretário-geral da CNBB, veio a público nesta segunda para lembrar que o Sínodo de outubro é da Igreja para a Igreja, sem a presença de políticos. Já existe um documento preparatório para a reunião de outubro. Lá se lê:
"Em sua história missionária, a Amazônia tem sido lugar de testemunho concreto de estar na cruz, inclusive, muitas vezes, lugar de martírio. A Igreja também aprendeu que neste território, habitado por mais de 10 mil anos por uma grande diversidade de povos, suas culturas se construíram em harmonia com o meio ambiente. (…) Hoje o grito da Amazônia ao Criador é semelhante ao grito do povo de Deus no Egito (cf. Ex 3,7). É um grito de escravidão e abandono, que clama pela liberdade e o cuidado de Deus. É um grito que anseia pela presença de Deus, especialmente quando os povos amazônicos, por defender suas terras, são criminalizados por parte das autoridades; ou quando são testemunhas da destruição do bosque tropical, que constitui seu habitat milenar; ou, ainda, quando as águas de seus rios se enchem de espécies mortas no lugar de estarem plenas de vida".
O documento antecede a vitória de Bolsonaro.
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