Para Rosa Weber, os juízes “honram a toga”; Marco Aurélio vê “dias sombrios”; OAB e AMB protestam; FHC: fala “cruza linha do fascismo”

Marco Aurélio Mello: fala contra o Supremo é própria destes dias sombrios

Rosa Weber, que preside o TSE, afirmou: "No Brasil, as instituições estão funcionando normalmente. E juiz algum no país, juízes todos no Brasil [que] honram a toga, se deixa abalar por qualquer manifestação que eventualmente possa ser compreendida como conteúdo inadequado". Para Marco Aurélio, segundo ministro mais antigo no STF, vivemos "dias sombrios". Ele acrescentou: "Vamos aguardar, com toda a serenidade, os acontecimentos". O ex-presidente FHC também se manifestou: "As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro merecem repúdio dos democratas. Prega a ação direta, ameaça o STF. Não apoio chicanas contra os vencedores, mas estas cruzaram a linha, cheiram a fascismo. Têm meu repúdio, como quaisquer outras, de qualquer partido, contra leis, a Constituição". Cláudio Lamachia, presidente da OAB, afirmou em nota: "O mais importante tribunal do país tem usado a Constituição como guia para enfrentar os difíceis problemas que lhe são colocados, da forma como deve ser. É obrigação do Estado defender o STF". A presidente em exercício da Associação dos Magistrados Brasileiros, Renata Gil, também veio a público: "O Brasil vive a plenitude de sua democracia. Nossas instituições são fortes e consolidadas. O Poder Judiciário é independente, e os magistrados brasileiros não se curvam a ataques de qualquer natureza ou a pressões externas". Cláudio Lamachia, presidente da OAB, e Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, também protestaram. Dias Toffoli, presidente da Corte, encontrava-se num compromisso profissional em Veneza e estará de volta a Brasília nesta segunda. Aguarda-se um pronunciamento seu.
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