PREVIDÊNCIA 1: Maia tenta consertar estrago gerado pela bagunça do governo Bolsonaro; vê votos futuros para reforma. Para qual texto?
É claro que o presidente Jair Bolsonaro quer ficar bom logo. Fisicamente, é evidente que tem sofrido bastante depois daquela facada. Do ponto de vista, digamos, espiritual, assim que deixar o leito do Albert Einstein, sai do céu para viver os rigores do inferno — parte dos seres, digamos, tinhosos que andam por aí é obra sua e decorre do seu jeito de fazer política, o que torna tudo mais difícil. O episódio envolvendo o vazamento da minuta da reforma da Previdência é prova de que reina a bagunça na coordenação política. Experiente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), veio a público para tentar consertar o que alguém lá dentro do governo tentou estragar. E se cumpre, assim, aquilo que escrevi aqui no sábado: politicamente, é o segundo homem mais importante da República. Justamente porque conhece os escaninhos da política. Bolsonaro, que passou 28 anos estudando a vulgata resumida do baixo clero, não conhece. Mas a ele caberá tomar decisões. O presidente da Câmara não se importou nem em ser autor de uma frase boba de tão óbvia: se conseguir votos, a reforma da Previdência é aprovada na Casa em três meses. Bem, meus caros, desde que haja um texto, tendo votos, seria o caso de perguntar: por que não antes? Mas há os votos? Votos para quê?
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