Resposta ao MPF 2: Lava Jato, a bolsonarista, faz de si mesma uma leitura edulcorada, que é amplamente contestada por fatos escancarados
Sim, Jair Bolsonaro é o nome que povoa a fantasia de alas incrustadas no MPF, na PF e em setores do Judiciário. As razões estão explicitadas na coluna. Caso vencesse, este senhor chegaria ao poder sem um partido político estruturado e teria dificuldades para formar a maioria necessária no Congresso para implementar o que quer que fosse. Viveria em permanente crispação com setores organizados da sociedade… E, claro!, um presidente assim precisaria se ancorar em algum lugar. E então esses setores doidivanas do MPF, da PF e do Judiciário viriam como a Quinta Cavalaria em socorro do apedeuta de extrema-direita.
A nota tem o topete de dizer o seguinte a respeito daquela que seria sua missão e sua tarefa:
"O objetivo da operação é investigar e denunciar crimes de corrupção cometidos por pessoas econômica e politicamente poderosas, que usam dos valores gerados pelas práticas ilícitas para, além de seu enriquecimento pessoal, deturparem a vontade popular pelo abuso do poder econômico nas eleições. Esses dois objetivos, promover a responsabilização de crimes e a defesa do sistema democrático, são incumbências indeclináveis do Ministério Público nos termos da Constituição Federal."
Assim seria se assim fosse, mas não é!
A indústria de vazamentos montada pela Lava Jato, o que não seria tolerada em nenhuma democracia do mundo, não faz distinção entre suspeita, abertura de inquérito, apresentação da denúncia, aceitação da dita-cuja, ação penal, condenação… Tudo se resume a uma prática só: vazam-se conteúdos contra as pessoas que se tornam alvos dos senhores procuradores e/ou policiais. Pessoas que não foram nem mesmo denunciadas são tratadas, inclusive nas desavergonhadas entrevistas coletivas, como condenadas, sem chance para o contrário, sem oportunidade para a defesa. Vejam o vazamento de há três dias, sobre e-mail que FHC enviou a Marcelo Odebrecht em 2010 pedindo doação para dois candidatos tucanos ao Senado. O que há lá de ilícito? O que há lá de crime? O que há lá de errado? Resposta: nada!
Continua aqui